CRÓNICAS DE CINEMA
O cinema escrito para lá das legendas e dos créditos finais
“Beau travail”: I want to break free
O Neo-colonialismo está out, mas a ocupação está in. Principalmente quando os corpos se espalham pela terra vermelha sob o olhar de Claire Denis
“Chungking express”: voo sem escala
No labirinto do formigueiro de Hong Kong, histórias brilham e colidem na busca de ligações que façam a vida valer a pena. Eis o murro asiático, mas cheio de estrelas, de Wong-Kar Wai.
“Holy motors”: ultrapassagens a 120 à hora
A cada um o seu Cinema. Mas o que acontece quando alguém decide rasgar os limites do que é um filme? Eis Leos Carax a ignorar o surrealismo e a apresentar o realismo irreal, com uma criatura mitológica: Denis Lavant.
“In the mood for love”: estranhos na noite
Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás
“Parasite”: a necrose do dinheiro
A primeira obra em língua não inglesa a ganhar o Oscar de Melhor Filme é afinal sobre uma linguagem universal: o dinheiro é o primeiro degrau de todos os vícios.
“Roma”: Y todas las mamas tambien
As mães do México em classes sociais que só têm uma ponte a uni-las: a empatia.
“Sicario”: os fora da lei
A obra mais simples e linear de Denis Villeneuve continua a ser a sua melhor: saltar à corda com linhas éticas dá, mais tarde ou mais cedo, em quedas dolorosas.
“Nightcrawler”: sangue na água
O derradeiro coiote de Los Angeles não morde, mas ataca. As vítimas são os cadáveres e a verdade a sua necrofagia.
“Babadook”: requiem for a nightmare
Ainda antes da A24 tornar o elevtaed horror quase numa punchline, a australiana Jennifer Kent já andava a falar de coisas sérias através de sustos. A diferença é que o seu “Babadook” quer mesmo assustar em primeiro que tudo.
“Calvary”: pregar no deserto
Não há melhor país do que a Irlanda para fazer um filme existencial cristão. Nem melhor actor do que Brendan Gleeson para carregar aos ombros o pecado de toda uma comunidade
“Her”: output artificial
A indefinição do que é sentir é novamente colocada em xque quando a pergunta cai: pode um ser humano e um computador perderem-se de amores?
“The fall” - Tarsem e o manto de mil cores
A obra pessoal que Tarsem financiou do próprio bolso é o conto de fadas das sombras que finalmente ficou disponível este ano na MUBI. Perceba porque é que isso é motivo para celebrar
“Seven” - Os sete círculos do thriller moderno
A segunda obra de David Fincher inspirou toda uma vaga de thrillers e filme criminais sobre serial-killers criativos. Mas o poder original nunca será sequer beliscado
10 maus penteados em filmes
Cabelos em pé, cabelos eriçados, cabelos ao lado, cabelinhos à foda-se: esta lista tem-nos para todos os desgostos
10 sequências de créditos iniciais
O hall de entrada de um filme são os seus créditos iniciais. Há donos de casas cinéfilas que realmente se esmeram para nos fazer sentir bem vindos
10 grandes monólogos do Cinema
O monólogo é o banquete do actor. Nesta lista, dez receitas para a fartura de sabores que só a Palavra nos pode dar.
“Being there” - O jardim dos equívocos
Quando Hal Ashby e Peter Sellers, dois renegados, se encontraram em 1979, deixaram-nos uma das grandes comédias cinematográficas que urge recordar
“Arrival” - comunicar é preciso
Em menos de 10 anos, a linguista interpretada por Amy Adams deu ao cinema uma heroína de ficção científica com a mais estranha das armas: a linguagem.
“Jaws” - Há mar e mar, há ir e não voltar
Reduzi-lo ao ghetto de primeiro blockbuster moderno é um erro: “Jaws” é uma obra maior do cinema de terror e seguidor da linha paranóica de cinema americano dos 70s.
Cinema e Desporto
Dizem que no Cinema não há competição. Estes dez filmes vão fazê-lo discordar